Quando beijo a noite

para a Carla
 
Quando beijo a noite sinto no palato da escuridão
Escorrer aquele silêncio tão lânguido e clandestino
No céu pintam-se as palavras mais indomáveis e libertinas
 
Quando beijo a noite escrutino todos os breus inescrutáveis
Seduzo até o luar que flameja no corrimão dos desejos afáveis
Apascento a luz que além rasteja numa metamorfose de afagos insaciáveis
 
FC
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