QUE IMPORTA

Que importa existirem crianças famintas,

Ao luar?

Se os Deuses acendem o fogo da guerra,

Prás alimentar.

Se os homens passeiam, com pés de ladrão,

Lançando granadas, sobre um outro irmão.

 

Que importa existirem cadáveres,

Por toda a cidade?

Se há quem se sinta dono da verdade.

Se aqueles que sofrem,

Julgam ter razão.

Lançam-se alicerces de nova prisão.

 

Que importa que haja ódio em toda a parte,

Se aos donos da guerra, nada há que os farte!

 

Do livro VIVENDO O POENTE

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