Quem dera se eu fosse uma estrela

Tento controlar a minha raiva,
por vezes consigo despistá-la,
agoniante serão meus dias
se no desespero eu pirar;
se eu perder o controle sobre
mim, nada terei para aguentar.
Medito vendo estrelas do céu,
gostaria de ser uma estrela,
ver a humanidade do alto,
não ter motivações ou raiva,
quero ser apenas um brilho.
Vejo a cólera como um salto,
um pulo tênue entre razão
e emoção, é um espaço tão 
largo como as nossas estrelas,
mas desconfortável como elas:
não brilhar faz o peito parar.
A via láctea não sente amor
e eu tão limitado pelo ódio.

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