Querer-me e desacreditar-me agride-me

Se a tua presença me roubar as
palavras, o dirá meu silêncio. Canta tão baixo o meu
coração, para que o teu o dê mais
atenção.
Não acusa-me de boêmio, querer
embreagar-me com o licor dos seus beijos e me perder nos
seus bares, é um pecado inevitável.

Querer-me e desacreditar-me,
agride-me !
O quê mais darei e farei de provas ?
A transparência das minhas
palavras
perdem o brilho nas suas dúvidas ! Não
posso me calar quando ene noites os arilhos
congelam o meu coração !
Agasalhe por favor, a minha relenta paixão...

António Vicente Aposiopese

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