Réquiem - 1

Pintei a vida

Desafiando a sorte

Ao pintar a minha morte

Num amanhã não muito além.

Não escutei os mais velhos

Nunca liguei aos seus conselhos

Não quis ir atrás de ninguém.

 

Vivi como quis viver

Sem do destino querer saber

Que se eu morro…

Os outros também.

Para semente,

Não quero ficar;

Envelhecer, secar, murchar…

O que quero,

Sei-o bem!...

 

Sem pressa nem vagar

Para que a morte ao chegar

Não se engane com outro alguém…

Quero Cair de um sopro,

Um apago;

Como tracei no meu fado

Sem me despedir

De ninguém.

 

E sem me chorarem

Nem me lamentarem,

Sempre que de mim se lembrarem

Sorriam…como eu!

E aos que não me conheceram

Digam que sou dos que morreram

Da morte…

Que escolheu.

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