Radicais livres
Autor: Frederico De Castro on Saturday, 19 August 2017
Cresci entre as dunas do tempo aprisionando todo
Este silêncio que possuo num segundo de pleno êxtase
Ando à cata de ti deixando ecoar em cada decímetro
Dos meus chamamentos um afago milimetricamente clonado
Neste verso explodindo ofegante e inflacionado
Aparta-se a escuridão da luz calcorreando a fenestra
Do tempo claudicando em cada breve segundo que
Dispo desvendando e desventrando a manhã que brota
Seus hálitos rendilhados de vistosos desejos detonados
Radicais se tornaram meus sonhos entontecendo uma hilariante
Algazarra de beijos factuais,bem escalonados estremecendo
No corpóreo momento onde soterramos de vez a saudade oxidando
Facciosa, resignada…intimidante
As noites na sua negrura são sempre mais belas deixando
Regalados vestígios de tantas paixões obstinadas
Bamboleiam-se sensuais e servis pelo lagar do amor pincelando cada
Excerto de luz bordada numa solidão tão atordoante e refinada
No mutismo de um meigo sussurro encontro-te virtual
Numa quietude ad eternum…mágica e conceptual deixando
Este refrão despojado de todo um ritual de prazer (in)confidente
Abandonado a um lamento quase selvagem e consternado
FC
Género:
Comentários
Maria Simao Torres
3ª, 22/08/2017 - 11:49
Permalink
Belo poema Sr Frederico :)
Belo poema Sr Frederico :)