Rei dos ratos

Minha superfície instável

Sobram somente os ratos

 

Meu fundo buraco

O esgoto, meu santuário

 

As baratas e os carrapatos

O mundo, o rei de todos os ratos

 

Meu ninho feito de mato

Os cacos que entalho

Junto à madeira, meus dentes afiados

 

Meu pelo engordurado e emporcalhado

Sou o rei dos ratos, no esgoto, meu lago

 

Aqui tudo é escuro, torpe e vil

Há sobras de tudo, até do que ninguém viu

 

Você é indigno em meu reino volte para a sua superfície

Na terra dos ratos há somente um rei o rei dos patifes escamoteados.

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Comentários

não

é apenas no esgoto

que se esgota

a escuridão...

 

Belo poema sombrio.

Saudações!

_Abílio;