Reset ao tempo

Fiz um reset ao tempo austero e implacável
Sempre tão inflexível até que o silêncio refrigere
Cada aroma ensurdecedor escalando uma oitava
Dos meus silêncios avassaladores
 
Se pudesse manipulava esta escuridão que em mim
Pernoita sempre de prontidão
Sorteava a solidão numa tombola de esperança para
Que a sorte prevaleça bramindo, bramindo em profusão
 
Sem gorjetas deixei madrugada esfolada, corrompida, pedindo
Esmolas a cada hora lacaia que se estilhaça numa vénia tão cordata
Portadora de uma palavra gentil, atrevida…quase estupefacta
 
Depois de vandalizar cada faminto e grato verso  crucial, infesto os
Céus com silêncios sempre  bem ressarcidos e cerimoniais…alardeando
Cada momento de tempo bisbilhotado num eco resplandecendo genial
 
FC
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