Resistência de um homem qualquer

Eu olho para esses lugares abandonados onde a sinergia entre as pessoas já inexiste, a nostalgia melancoliza minha pele e me faz chorar lágrimas de sangue com aquilo que poderia ser belo, que os pássaros grisalham em cadáveres e a vida derretida pela lava de desolação. O sol a mim é eclíptico e, as nuvens, carbonos flutuantes. Impetuosamente o passar dos dias foram como uma bomba relógio prestes a explodir; realmente explodiu. Não só de necroses, sangues e órgãos foram espalhados neste local, mas também a dor provocada por ideias malévolas. O mau tornou-se a essência do homem, junto com as correntes invisíveis que prende a sociedade aqui; a escravidão é a nova liberdade. Destrutíveis em grupo, sozinhos, imundos. A auréola da esperança foi pega e escondida, porém, o altar-mor da persistência ainda permanece comigo. Me resta ir na contra mão da complacência humana, eu necessito dilacerar os demônios do ódio e secar lago de tristeza.
Em virtude morrerei e meu túmulo será jazigo um homem de vidro que não quebrou a meio a milhares de espelhos falsos.
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