Retorno

 

“ Retorno…”

Anestesiei a mente, deixei o ego na alma,

E num surto de raiva, escondi o ódio na dor,

Criei um espaço cá dentro, tranquei-me, fui por aí,

Caminhei no sentido, procurei por mim,

E no vazio que me resta, tombam a alma e o espirito,

Tapam-me na noite indigesta,

No gelo que teima em dormir,

Negam o sono tranquilo,

Que dancem as sombras nas trevas,

Neguem a serenidade da luz,

Que deixou a noite, ali…

E na condição indiferente, com a porta bati,

Enrolo o corpo, me deito,

No ventre algures violado,

Onde este mundo ateima, em lá me deixar…

 

 

Luís Ginja

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