RITO DE AMOR E MORTE
Autor: Eron Villar on Thursday, 28 February 2013
Se não digo, calo!
E alimento a vida dos que nada tem a dizer.
Inércia, anti-desejo, morte.
O dia amanheceu com uma imensa vontade de fazer a barba
e sentir a fria navalha pintar o rubro sangue no rosto.
Pulsa o coração nos pulsos,
explode e grita ao mundo o que quer dizer.
Sem razão para se fazer existir
E deixar o fluxo menstrual
lavar a alma dos hipócritas
e sangrar, sangrar, sangrar
até preencher os vazios.
E o amor?
Talvez esteja incontido na morte.
E.
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