Rosa do amanhã
Autor: Reirazinho on Sunday, 18 September 2022
O jazigo enterra tua jaçanã,
A chuva deixa queimando o jardim,
O levante deus Geb, e nos acorde;
A rosa se apodrece no amanhã,
Cheira como estrume do teu campo,
Esquecido aroma da tua manhã,
Nascida no ventre do teu escampo.
O jazigo enterra tua jaçanã,
Donde fica e te mata o acampo,
Mora no teu estrondo som do tantã:
Ave que se sobrevoa o relampo.
A chuva deixa queimando o jardim,
Ruindo pétalas mortas do fim;
Podridão das belas rosas um dia.
O levante deus Geb, e nos acorde;
Cultive-nos a flor que deixa forte,
Regando com olhos que vos luzia.
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