Saudade quase genética
Autor: Frederico De Castro on Wednesday, 24 May 2017
Percorri muitos caminhos
Subi todas as estradas do silêncio
Banais lembranças alimentaram
Faúlhas de esperança marginal
Embriagando as noites com nossas
Solidões aventureiras e fraternais
Coei a luz que desarrumou a
Escuridão do tempo passando afável
Pelas bermas do teu ser velejando na
Meiguice do vento ocasional e indelével
A terra com saudade da chuva palpitante
Deixou semear-se com o perfume das
Lembranças passadas desenrolando
As insónias buscando ainda o alento de
Minhas inspirações derradeiras …impugnadas
Ainda sei como desvendar a ilusão dos sentidos
Plenos, apaixonados, flertando minhas longas
Metragens poéticas porque sobejou somente um
Instinto fiel descomunal que atenua toda uma
Saudade ousada, genética e tão aluvial
FC
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