Sede de viver

 

Quantas solidões teremos que sofrer 
e depois sair de mãos dadas 
com a esperança infinita
confinada na íntegra do tempo
motivada e rendida 
nesta plenitude do vento
que nos sacia e redime
qual sede de viver e amar;

assim percorro minha apatia erudita 
nesta imensa paisagem perfeita
encobrindo o delicado e esbelto verso meu
mil vezes repetido, 
tantas vezes ousado
à tua espreita
tantas vezes tatuado no dorso
desta manhã mendigada
nos nossos corações conversos 
desesperadamente felizes e audazes
onde por vezes insano até me disperso.
perdido na imortal beleza do Universo..
FC

Género: