Segredos velados!

Ser ou não ser

meus diários e eternos

todos os questionamentos

Ah, a minha poesia 

ela não me pertence

e sim, que a lê

Julguei que me bastasse

para depurar...limpar

sem sofrer, nem sentir

muito menos pensar

Me desnudo inteiro,

revelo segredos

os mais secretos

que a ninguém eu revelei

Não bebo, mas entorpeço

ao traduzir-me

E interpretar momentos

sensações e sentimentos

os meus casos... os acasos

todos os cacos espalhados

através dos tempos

Aos amores apaixonados

tudo reverbera... eclode

Exala dos pensamentos

aquelas lembranças

Transcendendo desejos

Delírios intensos

sem esquecer dos delitos

os mais cheios de pecado

toda a intensidade do sexo

Que inflama a alma

e transborda do corpo afora

Assim eu poetizo

(DiCello, 18/08/2020)

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