*A SELVAGEM*

Ás vezes, como os grandes _phantasistas_,
Sinto o desejo intenso das viagens...
E ir sosinho habitar entre os selvagens,
Como n'um ermo os asperos trapistas.

As grandes, vastas, limpidas paysagens,
Que sabem vêr os immortaes artistas...
Teriam novos tons, novas imagens,
Longe do mondo avaro e as suas vistas!

Com uma virgem--flor d'essas montanhas--
Entre os mil sons das arvores extranhas,
Dos coqueiros, bambus... fôra feliz!...

Dormiria em seus braços nus, lustrosos;--
E ouviria, entre uns beijos voluptuosos,
Tintinar-lhe as argollas do nariz!

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