Sem resposta
Autor: José Augusto Mo... on Sunday, 10 October 2021
Não me respondes, quando eu te chamo
Ainda que aflita seja a minha voz
A morrer da dor que provocamos nós
Deixas-me aqui, só e abandonado
Não foi esta a imagem com que sonhamos!
Vagas de tristeza e ondas de solidão
Afogam-me no mar desta condição
Em que só eu vivo e que nós criamos
Porque me queres aqui triste e desabrigado!
Para sempre náufrago perpétuo e condenado
Em dor consumido e neste atropelo
Sem a tua imagem, com que tenho sonhado
Mais valera que me tivesses afogado
Do que viver para sempre neste pesadelo!
JAMOR
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