Sem Rumo...

Sem rumo...

Seguia nessa estrada vazia,
Seguia sem rumo ou norte.
Esperava encontrar teus passos,
Mas não sabia se iria ter sorte.
Seguia os ventos e os sonhos,
As marés, o cheiro da maresia.
E continuava, seguia, seguia.
Cansado, envolto em silêncio,
Prudente, mas não desistia.
Lembrava o teu semblante,
Quase sempre bem deslumbrante,
E o sorriso tão misterioso
O abraço tão carinhoso,
E sonhava e continuava,
E seguia, seguia,
Toda a noite e até ser dia.
E ao despertar da aurora,
Surgiram imagens de outrora
E tudo me apetecia.
Até as lágrimas vertidas,
Desses olhos, qual vitral cristalino
Perdidas neste meu destino
Sem rumo e de certezas despido.
De repente tudo aconteceu,
Meu olhar foi de encontro ao teu
E o abraço mais ansiado
E de todo desajeitado
Se deu.
E nunca mais se perdeu.

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