Sem sol, nem som

É manhã sem sol...

nem mesmo ha cores

tão pouco olhares

A cidade monocromatica

faltam tons... brilhos

nem os sorrisos

inflamam, atiçam olhares

nada tem vida vibrante

tudo é meio azedo

sem gosto, amargo

em tempos de outono

As folhas amarelam

dores e saudades imperam

naqueles tempos de outrora

cai a chuva fina

deixa-nos passivos

sem vontade, nem calma

estamos vazios

sem inspiração

nem a musica toca

a Saudade corrói

arde, dilacera...prostra

aniquila...arrasa, finada

As lágrimas vontam

afloram desta face

corroída pela ausência

fagilizando a alma 

(DiCello, 17/02/2016)

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