Sem ti nada sou

Onde estás tu ser ofegante?
 
Onde estás tu felicidade deliberante? 
 
Onde estás tu caminho brilhante?
 
Onde estás tu esperança reconfortante?
 
Hoje não estás, nada está, tudo foi, partiu.
 
Levaste contigo o que eu fui. 
 
E já nem mais sei o que sou. 
 
Hoje caminho e já nem sei para onde vou.
 
Ou se em mim estou.
 
Não estou.
 
Fecho os olhos, estes olhos que hoje ardem como fogo.
 
Este fogo que arde dentro de mim, mas que me consome.
 
Este consumismo que me destrói e me deixa fraca. 
 
Tão fraca, que já nem sei mais o que sou.
 
Mas que tipo de ser hoje sou?
 
Serei alguém?
 
Pergunto-me, sem ti, serei alguém?
 
Sem ti felicidade eu já não sou nada. 
 
Sem ti esperança eu nada sou.
 
Sem ti luz, sem ti sou escuridão. 
 
Essa escuridão que percorre as ruas das cidades nuas. 
 
Essa escuridão que deixa as pessoas cruas de tão duras as amarguras. 
 
Amargurada estou eu, neste deserto dessolado. 
 
Neste mundo demasiado acumulado e torturado.
 
Rodeado de pessoas que andam mas que não caminham para nenhum lado. 
 
E qual lado deverei eu escolher?
 
As trevas ou a luz que sempre tentei ser?
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