Ser que é enquanto nós
Num instante intangível, quero saber do que foi de ti. Ainda que a vida te tenha levado para longe e que os caminhos de volta sejam sinuosos, difíceis. Não quero saber de nós, quero que vás mas que queiras voltar, sem as amarras do tempo e do espaço.
O amor, não se esconde ante a ilusão do que é o ter, volta com tudo o que temos direito, com sentimentos que se adquirem na imensidão do prazer da vida. Não olha para trás, vira-se para a frente do jardim que tem as mais belas flores, que tem as acendalhas do lume que há-de aquecer os corpos quando assim tiver que ser. Permite a entrada das melhores fragrâncias, daquelas que perfumam a vida quando se contempla de coração cheio.
O amor não deixa à deriva pormenores do ser, de autenticidade, júbilo e alegria. Mas navega, nas águas ora calmas, ora tormentosas da vida. O amor é algo que dá forças para se voltar sempre que assim se deseja.
Amor são sentimentos que pouco se materializam em palavras, mas que lhes dão vida, são genuínos e jazem na imanência do ser que é enquanto nós.