Sigo um rasto de multiplicação.

Sigo um rasto
de multiplicação.
Sei que me arrasto,
mas não posso dizer que não.

O que sigo e a vida.
E, infelizmente,
existe apenas uma saída.
Por isso sigo em frente.

Independentemente,
de ser singular ou não.
Aprendi que errar acertadamente
nos trará a mais certa conclusão.

Por isso vou errando,
uma vez em cada personalidade.
Faço-me macho, dançando o tango,
coberto por uma capa de falsidade.

Não sou um, não sou dois, sou três!
Mais talvez.
(Possui-me o desejo).
Talvez tenha uma para cada mês,
que vou rodando enquanto bocejo.

E elas, coitadas,
são meras personagens
inventadas por mim.
Memórias apagadas,
despejadas, à margem
de um rio sem fim,

que vivem sobre o meu domínio,
sem puderem fazer nada.
Limitadas de raciocínio
e com a alma desperdiçada.

Eu sou eu e todas elas,
como uma personalidade torta,
mas brevemente vou destruir todas as janelas
e criar apenas uma porta.

Rui Correia

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Comentários

Que esta porta seja de bênção pra você!

Que Deus alegre o seu viver!

Que você possa sempre escrever!

Parabéns!