Sincera edvânia

Distante de casa a menina
sob a luz da lanterna caminha,
temerosa avista distante
o destino a aguarda na esquina.
 
lentamente seus pés se arrastam,
não há volta, a morte se aproxima
um calafrio percorre seu corpo
de suas botas à seu vestido de alcinha.
 
Bruptamente a lanterna apaga-se,
ampliando a penumbra da noite,
o que o céu estrelado assiste
são segredos que guardam as noites.
 
O terror em seu rosto é visível
para os astros que a superfície iluminam,
sua voz num agudo ecoa
perdendo-se no eterno vazio.
 
Lentamente os olhos se fechando,
momento de eterna reminiscência,
num efêmero um clarão ilumina
revelando agora quem abomina.
 
Novamente a penumbra da noite
escondendo um novo segredo,
porém gotas de chuva que brilham,
pois da lua lágrimas estão caindo.
 
Percebe agora, a menina,
quem fora sincera edvânia,
pois o rosto de seu assassino 
revelado no clarão repentino.
 
As gotas de chuva que se misturam
com sua dor,
... Sincera edvânia.
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