Sinceridade na verdade

Nunca nada foi permanente nesta vida de instâncias.

Ninguém fica eternamente, apenas as lembranças.

Triste, olhar para trás e ver, o que está a acontecer.

E não prever, o estava por vir.

Mas agora já é tarde:

- desculpa mãe mas vou subir.

Eu hoje quero adormecer,

quero-me esquecer.

quero me deitar sem sentimento de culpa

porque tudo o que eu fiz, eu já paguei a multa

as consequências são os remorsos que trago na nuca.

Desculpa, eu tou a ser sincera.

Mesmo que penses que da minha boca só mentira da miséria.

Mas acredita quem me dera,

Mentir sobre os problemas.

Porque talvez a mentira doesse menos que as outras cenas.

A verdade, aos teus olhos já não é nada.

A minha vida agora é baseada na fachada.

Eu nunca pedi nada, a não ser para confiares.

Nunca desta nada, desconfiaste e ainda deste para trás.





Esperas que volte? Esperes que aceite?

Esperes que regresse casa e que me deite?

Nada feito, desculpa o preconceito.

Mas a dor? sou eu que a trago no peito.

Nunca fiz nada de jeito,a não ser tudo do meu jeito.

Se não fiz mais, acredita foi o receio.

No recreio, eu rezava para voltar a casa.

Para colorir o mundo depois da ressaca.

Mas o tempo passou, tudo bem, tudo mudou.

Mas as lembranças, ya ninguém levou.

Ya ninguém lembrou, mas o sentimento, nunca voou

Sabemos de tudo, mas nunca ninguém falou.

Talvez a perfeição seja aquilo que é preciso.

Admito, a perfeição para mim já é um risco.

Mãe, eu nunca quis ser "ser" perfeito neste mundo de ilusão.

Tudo o que eu queria era viver, seguir as passados do meu coração.

Segui em frente após toda a discussão.

Se a vida me levou por maus caminhos, peço perdão.

Mesmo que penses que não, eu continuo igual.

Agarrada à minha vida como uma louca desigual.

Não tenho culpa de viver uma vida, da qual nunca viste tal.

Tal e qual, não sei porque é surreal.

Ainda pensas que neste mundo eu quero ser normal?

Nunca fui, nunca serei, nunca mudei, mas não leves a mal.



Eu hoje dei por mim, a olhar para a tua cara, os teus olhos, o teu sorriso.

E no meio disso, encontrei o que é preciso.

O teu amor, o teu carinho, o teu abrigo.

Porque no final de tudo, és o meu único ombro amigo.

Quando eu preciso, tu estás lá e eu insisto.

Em afastar-me de ti, quando eu já não preciso.

E eu não sei porque repito.

Esse ato que me leva ao precipício.

Porque a distância que nos separa, por vezes é vencida pelo vicio.

Desculpa, as lágrimas nos olhos são tudo aquilo que eu sinto.

Quando te tou a perder, aperta o coração e eu pressinto.

Que o mundo vai desabar, que tudo vai acabar, e tu te vais afastar.

De vez, talvez isso seja medo.

Mas hoje grito, porque ainda é muito cedo.

Acredita eu tenho medo.

De partires e num segredo.

Eu viver a minha vida,

a contar com o aprochego.

Que nunca vai chegar.

Que nunca vai voltar.

E eu vou olhar as estrelas e vou rezar.

Acredita eu vou chorar

como nunca antes chorei.

Só o pensamento de te perder.

Leva-me a sítios onde eu não sei.

Como é possível sobreviver.

Porque no meio do deserto,

Viver sem água é morrer.

Eu te amo, mesmo que não dê para ver.

Após toda a ressaca, vem o medo de nunca mais te ver.

Acredita, por ti, dou a volta ao mundo

sem ceder, e num sussurro eu te digo:

amo-te.

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