"Sinhá"
Autor: Diogo Rafael Al... on Saturday, 4 April 2015
Ó Sinhá que acolhe
Minha razão e sobresalta
O desejo de adoração
Tu acarinhas o medo
Enterras o horror
És a pérola mais querida
És o poema do qual
Não sei escrever
E o meu castigo por não o fazer
Não vejo em ti um defeito precógnito
Tens uma comoção abundante
Neste incerto presente
Comodas-me sem toque,
Sem fala, sem proximidade
Apenas com as minhas visitas
Á nossa ultima recordação
Tens justeza no corpo
Amortizo as minhas mentiras e recaídas
E descortinarei a minha
Saborosa façanha
Deixarei o sol singrar
Para que a sorte e o destino
Conceda-nos um beijo seleno
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