SOBREVIVER

Sei o que se torna imperfeito
Desse eclipse em nossas vidas
Sei em maior dose no que posso me
Transformar na ausência do ser simples
Sei o que desejo
E o que castiga quando não me desvio da minha sombra.
Lembro me da minha vinda ao mundo ,
Sim, um belo começo.
E hoje sei o que será o limite
Da minha herança,
Mas herdei honestidade paternal,
E as lágrimas de minha mãe.
Não tenho santidade absoluta
Eu sei,
Mas conheço a dor que causa o punhal.
Leio o ódio de quem deseja este meu pequeno espaço.
Mas existe luz e os anjos,
O amor por esperança,
Eu sei,
Agora e aos poucos
Será sempre meu tempo.
Um veemente recomeçar,
Não sei até quando pertencerei
A este interior vazio.
Não cultivo os espinhos nem a morte,
Procuro alguém que enxugue minhas lágrimas.

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