Sol e sombras
Autor: Frederico De Castro on Wednesday, 7 December 2016
Hoje acordou o dia
sem vestígios de sol
Nublado o silêncio
fugia nas palavras que remanescem
sem presságios ou letítgios num
eco de luz arquejante algemado
às bermas deste poema onde todas
as horas felizes adormecem
atadas à sombra do dia nascendo
pasmado
Só restam aparências purpurinas
do dia saltitando pelas arcadas da
solidão alimentando a chuva miúda
numa ínfima fracção de tempo
onde cada estilhaço de luz ténue
cintila amiúde pelas frinchas do vento
breve e grácil em serena plenitude
FC
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