Sopro do Demo...
Quero-a simples como a vejo
Solta ao ritmo do desejo,
A escrita!...
Sem baralhação.
Não quero as ideias condensadas
Em frases eruditas, rebuscadas.
Mas sim que dêem espaço à imaginação.
Quero as palavras, de vontade cheias.
Mas apenas de ideias meias,
Que só tu possas terminar...
Palavras facilmente soletradas.
Ideias em teu corpo terminadas,
E partilhadas, em nosso olhar.
Se te vejo nua...
Quero que não resistas.
Que não te acanhes, e que te dispas.
Para que eu te possa ver assim!...
Quero que nas palavras sintas meus dedos,
Hábeis revelando os teus segredos,
Que de tua roupa caem…
Para mim.
E quero cada palavra um botão,
Da tua camisa de algodão,
Que promete segredos de encantar.
Que quando por teus lábios soletrada,
Se solta de sua casa,
E o coração te faz disparar.
Quero que cada letra seja uma gota,
De desejo na tua boca,
Quando leres o que escrevi...
E cada som uma carícia.
Sussurro e afago com malícia,
O acordar do Diabo…
Em Ti!