Sou nada... e tudo

Sou tudo... e também sou nada

diante da imensidão do universo

Diria um amigo

sou o grão de areia, das areias do Saara

Logo cedo, quando desperto

acordo e vejo o céu

os primeiros raios incendescentes

tocam a minha face

seduzem um campo florido, 

Guardo tal imagem

no meu intelecto... sou nada

sou tudo, tenho a eternidade 

em apenas uma hora de vida

uma nova chance para viver

Para poder seguir ao infinito

Vim aqui para evoluir

e partirei daqui muito melhor

Bem mais lapidado

Mas voltarei tantas vezes

quantas forem preciso

Vida, morte... vida, volta-se

sempre que precisarmos crescer

sem contar com o livre-arbítrio

(DiCello, 20/09/2018)

 

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