Suicidio
Autor: Duarte Almeida Jorge on Monday, 30 May 2016
Um dia que eu me vá embora,
Não chorem com saudade.
A minha poesia é uma história,
Que carrego na memória,
E não quero mais contar.
Estou cansado, o meu corpo deitado, gasto,
A minha alma quer liberdade.
O meu coração mal-tratado ameaça deixar-me,
Parar de bater, e desligar-se.
Do topo deste prédio,
Só preciso de um passo.
Gratuito remédio,
Para terminar com o tédio,
Que me prende neste espaço.
Falta-me a coragem,
De saber que vais sofrer.
Tantas caras de passagem,
Lembro me de uma imagem,
E acabo por não ceder.
Num minuto a dor vai,
Noutro a dor volta.
Mãe, Irmão, Pai.
Sequei a lágrima, mas há outra que cai.
Tentei, mas vou-me embora.
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