Sujeito Alienável

A televisão ligada 
Controle remoto na mão. 
As reclamações sem fundamento
A barriga explodindo... 
No pátio havia muito limo
E alguns pedreiros fazendo cimento,
O cérebro em pura mentira esfarrapada 
Pura alienação se autodestruindo por dentro.
A proposta barata 
As roupas baratas... 
O sangue de barata.
A casa emprestada. 
Os agentes da morte do esgoto todos de pé e sorrindo. 
Geralmente, agiam rápidos 
Como se fossem espertos e mais ligeiros
Hoje estão até interagindo!
Pátria do aceitável 
Pátria do aceitável
A casa do sujeito alienável.
Algumas palavras sem sentido por dia aqui...
Mais algumas palavras sem cabimento por ali...
Muita atitude sem moral
E ódio ambicioso
Nos homens que não deveriam ser adorados,
Muito sentimento ferido agrupado. 
Sim, deitamos eternamente... 
E a nossa vontade?!
Se anda pra frente!
 
Não se esqueça que a tarde
Irei sair com os cachorros,
Aliviar a dose da loucura
Tomar um sorvete no morro...
O sistema só enferruja 
Quem não tem nada. 
Se topar com um cara na rua
Se encontrar algum por aí
Não me diga que é difícil
De por um acaso descobrir
Não, não aqui,
Ah, isso aqui é paraíso que parece brincadeira
Aos olhos de quem tem a moeda,
O bezerrinho quer tomar mamadeira
Mas passa fome por não ter a cédula!...
E a pátria do aceitável
A pátria do aceitável
É a mamãe desse sujeito alienável. 
 
19 . 08 . 2014
 
 
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