Talvez...

Hoje estou envolta numa singelidade absurda.

Lá fora a noite proclama a desertificação das ruas ...

Em mim uma estranha felicidade perdura

Celebrando a união de alheias sensações a dádivas cruas.

 

Os meus pés percorreram outrora becos sombrios.

O coração permaneceu anos encurralado.

Ansiei o inexistente amor em caminhos frios...

Perdi-me no meu eco, jurei-me arrependida por ter amado...

 

Agora somente procuro a pureza da alva felicidade...

Amo a linha do horizonte e este Mar

Que inunda a alma de uma enigmática simplicidade.

 

Talvez eu seja a miragem de alguém que vagueia na multidão...

Talvez seja aquela que alguém deseja encontrar, Talvez seja eu...

Talvez eu não passe de uma mera ilusão...

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