templo

A parede que coloquei minhas mãos é de puro branco. Carne de fruta em inércia vivida sem tédio.

Amor tátil sentido com mão e coração de um puro irmão. Amor por poesia que varria pétalas sedosas em um chão incrivelmente límpido.

Paredes peroladas em ângulos duramente belos e resistentes, as cores do salão são as cores que são marcadas nas digitais das mãos.

As paredes do templo seguem em um vasto campo, não me sinto oprimido por sua extensão, nem muito menos preso em sua imensidão.

Vejo o comando de uma rocha eternal que caiem em avalanches de teimosas ordens ao chegar ao chão São cobertas por Areias macias que cobrem alicerce em dunas. Cintila luz em minúsculos grãos de areia, onde um dia já foi um templo.

 

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