Tento saber...
Autor: Frederico De Castro on Thursday, 18 May 2017
Sustidos ficaram os sentidos em cada pedacinho
De silêncio mais intimo deambulando solitários pelas
Ladeiras do tempo onde atapeto cada lágrima
Rolando infinita e passageira
Tento saber de ti mas a saudade refugiou-se
Entre as trepadeiras da vida que vindimo
A cada vinícola colheita de amor onde redimo a
Memória embebedada e insuspeita
Guardo no sótão do tempo um poema alvorecendo
Vagabundo,compilando todas as solidões adormecidas
No regaço majestoso e submisso desta vida instável, inquieta
Parindo meu desassossego displicente e irreparável
No caule dos silêncios enxertei meus versos impotentes
Debilitados, indiferentes a todos os queixumes impressos
Numa lágrima velada, atrevida…reincidente, assim que me
Ausento no desacerto de cada hora comovida e complacente
FC
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