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Um começo maior que desalento, Uma chama maior que a queima, Uma luz maior que a cegueira, Desejos estes percorrem o mundo.
Quando levando cabeça minha e olho A graça majestosa das aves, Dou por mim a voar ao seu pé Sem pensamentos, livre de pesares.
No céu aberto deste reino de letras, Vejo-te na distância oculta e distorcida, Uma estrela nesta névoa desgastante Que se dá pelo dia sim, dia não.
Porque tem de ser Amar tão conflituoso? Porque deve tudo ser enraivecido mar E não uma melodia de encantar? Não sei, mas devem saber as Trevas.
Cantam os trovadores uma serenata E eu ouço de mente muito farta De admirar o que não consigo viver, Como um castigo a crime que queria cometer.
Azul é o céu, e negra é a noite, Apenas em um o cru coração se revela Pouco astuto no seu pesar, pois Astúcia, como cristal, se fez em três e não dois.
Tantos corações, ainda mais são as almas, Num redondo canto de terra e água Que brande os infernais toques celestes, E só o meu mostra-se descontente em dançar.
Chama do meu gelo, água para a minha raiz! Embrulha-me no teu abrasador toque E torna-me inteiro por mais um minuto, Já que apenas assim posso te ver naturalmente toda.
Deusa tão bela que não és sonho, Conquistaste-me com o teu floral encanto E tomaste-me como teu sem pensar, Pois sentimentos não são reais se pensados.
Mas deuses dizem-se serem fantasia, E assim defendem esses céticos palermas; Que se mantenham assim, porque não quero Perder a estrela do Céu que caminha a Terra.
És a minha flor, e mais não sei gritar, Pois sem voz fiquei de tão expressar Este Amor que te tenho, Flor; Por ti anseio, mais que o meu patético fim.