Toquei na alma

Toquei na alma e pressenti na derme dos silêncios
O tinir e vibrar de uma fluorescência tão desodorizante
Ali um eco periódico esboroa-se felino, volátil e sussurrante
 
Toquei na alma e reconheci nas palavras a doce licorosidade
Que apascenta o pleno esvoaçar do tempo alucinante, tão sibilante
Assim amadurece cada hora inquieta e perdida num segundo divagante
 
Resta mitigar uma lágrima escorrendo pelos cílios de um lamento dissonante
Resta musicar o buquê de circenses palavras vibrando a cada instante
Resta ludibriar cada desejo aliciado pela epopeia de gargalhadas divagantes
 
FC
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