Travas

Há travas nas lembranças
E o que sobra realmente para o hoje
E o lamento desesperado
Sem dias marcados
Em ter a preocupação preciosa
Dos piões, balões,
Toda colorida papagaiada que preenchiam o azul do céu
Cadê o carrinho que arranhava o asfalto
Em quatro rodas cromadas
Cadê as bolinhas de gude elegantes
Meus parentes que só nas fotos encontro,
Ficaram emudecidos com o tempo
Não se despediram ?
Se trancaram na memória de Deus
Com muitas fechaduras.
Trancas ocultas...
Mundo cheio de invenções,
Há felicitações ? É claro que sim!
Inclusive para novas guerras
A humanidade sim evoluiu
Sem diminuir a frieza humana!
Sou deste tempo, um espectador trancado .

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