Trovas

Os meus braços balançam
para uma dança sem fim,
o bailares se fincam
nas entranhas do marfim.

*
 
Ensinaram que o poeta
é pra lá de diferente,
é um inútil asceta
que pensa ser indulgente.

*

Sequer os vemos agora
a cegueira é de dentro.
É como só ver lá fora
No óculos opulento.

*

Imagina só que louco
não sofrer a vida toda,
ser alegre com tão pouco
e ser um rico à toa.

 

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