Tu, amor.

Dei-te tudo, o que eu já tinha, e o que eu tive de inventar.

Guardei o que me deste num copo, meio-vazio de arrependimento, meio-cheio de saudade.

Não basta eu querer amor, meu amor.

Olha no céu, pede alguma coisa bonita, que te faça sorrir.

Não tenhas pressa, aproveita tudo, momento a momento, segundo, a segundo.

O mundo vai-se esgotando com tanta tristeza, certifica-te que daqui a muito tempo, quando fores velhinha, com as tuas mãos enrugadas a volta das minhas, e o teu olhar cansado repousar sobre o meu, certifica-te que não o deixaste mais cinzento.

Certifica-te que o pintas, esclarece à felicidade que não a abandonaste numa esquina.

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