Um adeus sem Deus
Versão original em Português-Brasil.
Um adeus sem Deus
A vida é feita de sonhos
todos construídos de grão em grão
fruto de nossas vivencias
valores, amores e desejos
mesmo que o sonho seja um pedaço de pão
pode ser mais difícil uma paixão
Sonho pelo mundo
respeito e carinho pelos animais
respeito e dignidade pela vida humana
entre os povos e pessoas de boa fé, paz e razão
entre os virtuais platônicos, lucidez
entendendo que o mundo precisa unir sua multidão
Sonho por mim
dançar ao vento em qualquer tempo
mesmo que minha vida seja pelas ruas
com primaveras imersas em paixão
caminhar por ruas coloridas por flores
banhar-me uma praia qualquer
onde o mar seja só azul e eu possa ver meus pés
Viver o amor em seu esplendor
experimentar da dignidade menos amargor
o mundo e seu sofrimento, peso sem medida
vida severa de muitos enganos
vida devida, em dívida, que não se pagou
pelo tempo que de ilusão que logrou
Mas, o tempo é implacável
o destino muitas vezes miserável
os erros imperdoáveis
mesmo que sua consciência seja bruma
mesmo que a realidade seja pluma
mesmo que a brisa do outono seja afável
O caminho me cobra o tempo
talvez não seja feito o suficiente
talvez tenha sido imprudente
por certo a bondade praticada foi mera maldade
Quem sabe da vida minha inconsequência?
Quem sabe haja errado por imprudência?
Até o dia em que a morte me bater a porta
não será dia de chorar, quero o dia aproveitar
e viver estes espaços que a vida me dá
esquecer os sonhos e aproveitar o luar
que a misericórdia concorda em contigo brindar
que a lua prateada me presenteia ao olhar
Mas se o dia vier primeiro em seu momento
porque a noite foi incompetente
me deixe levar pelo mar, mesmo sem azul
com o sonhar mas bondoso em amar
mesmo que não haja flor, seja a alegria minha cor
fecho os olhos para ouvir o doce lamento do vento
Satisfazer com as lagartas ao invés das borboletas
com o amarelo das folhas em vez do rubro das flores
do mar só o marrom para chorar meu pranto
por não ser topázio esperança de amar
companheiro para guardar minhas lagrimas
nas noites que foi meu amante, a luz do luar
Não tenho guardados, posses ou sonhos
porque os bens mais preciosos a vida levou
aqueles que ficaram, pepitas de ouro
que o destino me presenteou
são hoje meu consolo e amor
porque se existe Deus, o amor deles me doou
Assim o dia se cala na escuridão que o avassala
morre com a noite em uma simples vela
por ter minha linha em espera
por sonhar com o saber
por querer viver a beleza e saber do ser
assim se finda o sonhar com um doce e terno apagar.
Hygora Hoxy
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