Um dia depois...

Terna e tão grácil despontou a manhã agitando os
Látegos ventos que açoitam aqueles entrelaçados afagos
Cingidos ao colo desta metamorfose que em nós eclode e em
Tantos, tantos carinhos num feliz sorriso gravitam e depois, implode
 
Terna e paciente a noite confunde-se entre os dedos
Da solidão que se esfrega no lajedo do tempo em reclusão
Petrificando a luz divagando intima pela corte dos desejos
Coligados na nossa repintada memória sempre em colisão
 
Um dia depois, espreguiça-se a solidão toda inteirinha pulsando
Suas ternas fragrâncias que emanam deste matinal momento de vida
Onde cogitam as palavras de amor adormecidas à beirinha dos
Pincelados versos embebedados num sumaríssimo delírio tão avassalado
 
No rasto das memórias perdidas revivo em cada molécula da
Nossa existência a saudade desenhada no rascunho dos sonhos
Temporários emprestando às carícias enfarpeladas o proficiente
Sonho matizado na universal grandeza da fé tão bem veiculada
 
FC
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