Umbra

Porque continua a penada
Alma, perdida,
A regar um prado
Morto,
Extinto de cores?
Que razão da alma é
Para não largar
Da dor?

O que salva
É a sombra,
Volta e vai solene e bondosa.
Sombra da cor
De uma flor do Amor.

A flor vive, mesmo que morta,
Já que cor é o seu ardor,
E a minha esperança por a ver outra vez
É senão penumbra do meu coração
Em sonhos de saudade.

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