Uns e Outros

Uns e Outros

O rochedo interrompia a melodia da planície
cravado nas entranhas gritava raízes ocas
cavernas escuras habitadas por outra espécie
de homens rastejantes de posses poucas

grutas sem fim ocultavam o outro lado do mundo
sob os pés dominadores do homem da superfície
Donos da verdade e da luz ignorando o fundo
apontavam ao céu sem escutar a harmonia da planície

Dejetos de restos de gente sentenciados inúteis
entupiam na escuridão abandonada com selo fim
Ficavam os grandes pés donos de mentes fúteis
cobrindo a planície com sementes de erva ruim

os verticais e a  ganancia decretada do mais querer
devoravam-se aos bandos lambidos na gula desenfreada
pisando de pés sapudos qualquer outro que quisesse ser
Só alma simples na planície da melodia em tom de nada!

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