Vamos...

Na calada da noite um suspiro

uma veste despida, e suada

esperava os meus beijos, tatuada.

E do dorso daquele corpo, retiro

 

as gotas suadas do desejo

eloquente. – Não pares agora,

multiplica por n o teu beijo

percorre-me o corpo sem demora.

 

Olha-me com os teus olhos, fechados.

Agrada-me o som dos teus dedos

que me apertam e, quando parados,

são parte dos meus medos.

 

Quero que continues sem parar,

Vamos juntos até às estrelas

A namorar…

Vamos… já estamos a vê-las!

 

 

FOTO: George Bataille - "O Erotismo"

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Comentários

Ai! o suor caiu, esse poema enlouquece, aquece, eu quase morro ao ler poema assim! Porquê você judia de mim?

Abraços!

p/ Nuno Cordas.

Madalena, um «retiro» com sensualidade! ;)

 

Cumprimentos

 

Poema sensual, bem elaborado, com subtil dose de erotismo, boa descrição da realidade da entrega dos corpos que se desejam.

Gostei...boa semana

Obrigado, Natalia, pelas amáveis palavras. Uma óptima semana!

 

Cumprimentos

 

" RETIRO" Não retira!  É um pouco fantasia minha, um pouco assanhadinha mas a culpa é minha, o poema é lindo na dose certinha!

Eu entendi Madalena ;)

 

Referia-me, em jeito de resposta, a um «retiro» (nome masculino) como que se de um local de descanso se tratasse, de afastamento do mundo; meditação. Esse é o significado. O nosso/vosso «retiro» que de pensamentos nos emana e nos faz levitar a alma!

 

Bem haja! ;)

Ah! sim, pensei que dizia em retirar o sentido causador de aquecimento íntimo,

pra mim, não do poema entendeu?

Ainda bem!

Obrigada!

Abraços!

Ah! sim, pensei que dizia: esquece o que escrevi, isso...

pra mim, não do poema entendeu?

Ainda bem!

Obrigada!

Abraços!