Varão Extinto

 

 

 

Narra-se o poema, ao consumo da reticência

Pelo olhar longínquo, no horizonte do Poeta

Mais alto que a voz, anseio de Profeta

Ao maior das marcas em sua existência

 

Louva-se o vento, aventureiro abastado

Comendo, por dentro, o pó da essência divina

Ao cantar da lágrima, num sopro que o defina

Por um pouco ao desdém do tempo encontrado

 

Que as flores prosperem, ao saber da Primavera

Florindo nas cores do olhar capaz

De onde se rompa o peito, libertando a paz

No iluminar acordado, da melodia que espera.

 

Tomara-se a fonte do licor sagrado

Sobre o silêncio da palavra fechada

Por além, onde a terra fica calada

Cobrindo a relíquia do Homem prostrado

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