Varanda da primavera

Na varanda do tempo pintam-se poemas divagantes
Desconcertantes são todos estes silêncios debutantes
Imarcescíveis são as horas pelejando a bordo de tantos
Tantos intensos segundos discordantes
 
No estaleiro da vida as cores estucam os alpendres e
Varandins das minhas esperanças mais excitantes
Toda a agreste e inusitada primavera sorve da luz
Um encorpado e interminável afago tão petulante
 
Nesta panóplia de cores deslumbradas a escuridão
Desnuda-se e esfrega-se no peitoril dos breus mais gentis
Ressuscita até muitos solenes sonhos e desejos subtis
Engendra em conluio com o tempo prazeres ainda mais viris
 
FC
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