velho moinho

Velho  moinho

 

Obra rústica de charme aconchegante

Engenho de sonhos,

Movidos a ventos

Entre as mós, eles vão girando

Transformando em suco

Os meus sentimentos

Velho moinho de versos

Hirto na aurora dos tempos

Sem alma, sem voz

Sem nada por dentro

O velho moinho

Que já foi feliz, está agora abandonado…

Fica a memória da dureza do grão

por tantos de nós superado

Junto aos grãos os condimentos

Raiva, amor, desencanto…

Perdidos no cenário campestre

Lágrimas, suor e pranto

Moinho de experiências e lembranças

Como os poemas, versos e prosas

Que preenchem minha vida

Meus sonhos foram triturados

Com um silencio alienado

Repercutem-se em pensamentos

No velho moinho desprezado!

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