Ventos e marés
Autor: Frederico De Castro on Monday, 1 September 2014
Nos ventos e marés
Saio por aí navegando por esses rios
meu Tejo,teu Sena,o mesmo Tamisa
tanto faz, tanto mar
salgado ou doce eu quero,
velejemos até onde o fascínio
dócil de um oceano imenso
perpectue nossas aventuras marinhas
em Bolama,Haiti ou na Cidade Velha
e em todos os portos por aí apinhados
e ardentes de vida
Amesterdan,Antuérpia ou Lisboa,
revigorados de beleza
onde se exala de paixões ânsias e suspiros
o búlicio na alma dos marujos solitários
deixando que a formosura no cais da saudade
à proa do nosso exílio destile
todo o sabor generoso
nas ondas e ventos mais puros
onde se reparte submisso todo o
despojo das nossas emoções
todo o acenar em cada despedida
e a sua bondade ao soar o apito na partida
requebra na areia fina
todas as nossas epopeias cantadas
e por fim....neste marulhar silencioso,
no vai e vem das marés
lá saímos navegando nas brumas
da poesia heróica
onde caprichosamente se ilumina
o farol da nossa liberdade hoje mais singela e amorosa
FC
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Comentários
fernanda r. mesquita
2ª, 01/09/2014 - 17:52
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