Ventos encurralados
Autor: Frederico De Castro on Monday, 1 December 2014
Ventos encurralados
Imagina aquela aguarela
onde pincelámos todas as centelhas
coloridas prateadas
pranteando em mais
uma alvorada da vida
com timbre casto
nas vozes nocturnas
sem calar meus versos desencantados
arraígados na boémia da noite
fecho os olhos e sigo cavalgando
o Sol do meu universo
diante desta janela para o mundo
embebedando-me desta saudade danada
para que tu me possas deleitar
em cada parcela do tempo alado
sobrevoando meus silêncios
e eu... sem reservas, abraço-te
ao chegar de mansinho no pronúncio
dos ventos encurralados!
FC
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