vermelho ao centro

Vermelho ao centro
A ponta dos dedos nas coisas em que se fazia o azul…
E o tempo do azul era primavera de escadas para o céu
Sem detrimento de outra cor ou agua para misturar no ar!
Uma centrifugação inversa de diálogo imaginário na casa vazia, era um pouco de negro de Outono a querer entrar na mistura.
Um peixe na mesa e ao lado um astrolábio coberto de pólen da manta da deusa da luz; era um pouco de inspiração que me vinha da floresta!
Um documento antigo em forma de pergaminho com chave mestra de sentimento nobre e muito profundo.
Por fim o trabalho; um quadro em espiral onde as almas de milhares de pessoas rodopiavam como num furacão instantâneo de dor e passividade. Uma concha do mar como juiz de fogo no som dos gritos e as cavernas da historia – soltas nos pontos finais a quando da conclusão de cada grito…
Uma vela acesa em cima de um móvel despido e as coisas que te digo sobre isto sem que nas paredes fique gravado, qualquer tipo de musicalidade na aurora do esquecimento!
E contudo, um tempo que se vive só dentro de cada um na esperança de surre alisar de uma forma saudável, um Spectrum abismal da solidão peneirenta que por vezes habita cada um de nós, um sorriso de neve branca na luz apagada e o dia nasceu para todo aquele que quer viver…

Bartolomeu R. da Costa Cabral

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